quarta-feira, 16 de maio de 2012

Porta-joias


Quero guardar toda dor e cada lágrima, mantendo assim acesa a lembrança do contentamento do que fomos nós. Os lugares de fato nos pertenceram por alegria e nossa autenticidade realçou as ocasiões. Fomos algumas vezes frívolos e outras tantas pertinentes. Dividimos o teto, o prato, o manto, o ato. As vicissitudes das estações nos tornaram íntimos e indissociáveis.

A nossa separação, sabida, nunca fora desejada, apesar de este fato independer da nossa teimosia. Nosso encontro se deu porque acreditamos no que está escrito, o melhor se foi e ainda se terá. A continuidade se dá no que somos desde o primeiro instante.  Na vida que pulsa o lugar é de honra e destaque, há quaisquer tempos lembrados, vivos para sempre.

Texto in memorian aos meus queridos amigos Samuel, Adriana, Calebe e Beatriz.
Para minha querida Carol e sua pequena Clarisse, que já amo.
Para quem tem a quem amar.

Dayane Gomes
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